quarta-feira, 20 de abril de 2011




Faz frio
Fiquei sentada na grama lendo poesias
Estou dispersa e uma leve tontura embala meu caminhar
Hoje o dia não tem sentido nem gosto
Tenho vontade ficar parada para nunca mais me mover
Com um olhar que nada vê e um coração que nada sente
Hoje não tenho sede da vida e não me arriscaria por nada
Estou ferida e a dor imobiliza
Mais uma vez sinto minha vida mudando
Amanhã sei que serei outra, é necessário, preciso me recriar
A existência me ultrapassou
meu amor envelheceu e ta morrendo de velho.

terça-feira, 19 de abril de 2011


Há manhãs frias que despertar castiga
e no céu transparece toda a nossa vida

Na vertigem de um dia
forja-se o dia
mais um dia, que poderia ser único

Vou cruzando as esquinas na esperança de me encontrar
Entre os caminhos cotidianos que nos levam para algum lugar

Comigo a cidade toda desperta
Seguindo seu sagrado ciclo se poe a funcionar
E as horas nos carregam a junta dela seguir seus minutos inimagináveis

Até que eu me torno tardia
Mais um dia
vou me dissolver
sem me perceber

Acordar é nascer para os dias!

sábado, 16 de abril de 2011





Seu coração doí
A cabeça não sabe o que pensar
O olhar olha, de nada vê
A mente pensando não consegue entender
O corpo não suporta a si
O conjunto não poderia reagir
O sujeito desiludido esta ali
Processando o sentir
Buscando engolir a si mesmo
Num gole só
ardente e amargo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011





Se eu pudesse ver o mundo com teus olhos
Com a transparência do teu olhar
Ver poesia naquilo que não entendo
Ver arte na dor
Ver o mundo infinito como a profundidade do teu olhar
Ver a imensidão das coisas simples e tenuas
Observar calmamente toda esta cegueira sem julgar
Ver o mundo com a tranquilidade dos dias comuns
Ver naturalidade nas confusões interiores
Observar a vida como uma melodia silenciosa
Se eu pudesse ver o mundo com teus olhos entenderia os instintos naturais das contradições
Sentiria o sabor das manhãs
Pois os olhos refletem a vida
É do teu olhar que se constrói tudo
Do teu olhar sobre o mundo.