quarta-feira, 25 de maio de 2011




Ainda não aprendi ser folha que cai
folha que deixa-se voar perdidamente com o vento
quero antes ser como as raízes das arvores
tão seguras em si

São incertos os caminhos das folhas
folhas que dançam a dança do tempo
folhas que nascem,caem e secam
folhas que vivem a incerteza do ar em movimento

Ainda não aprendi a ser folha que cai
e tropeça mundo a fora
não aceitei a mudança das estaçoes
e a inconstancia do tempo

Doí demais observar a fluidez de tudo
ver o todo de tudo diluir-se e dissolver-se
doi demais ser folha ao vento

domingo, 8 de maio de 2011




Suspiros quase explodem meu pulmão
desatino,desatenção
O desconforto que antecede o desespero
Desorientado me perco
Por onde andará minha razão, meu entendimento?
A perna que sacode inquieta nunca levará ao equilibrio
Desedifico-me,despedaço-me, desintegro-me parte a parte
E aceito essa condição
Se hoje não posso compor o todo
espero o amanha
para recompor os pedaços.

Imagem de Egon Shiele.